O Universo Estendido da DC Comics (DCEU) fez a sua estreia no mundo das séries com a estreia de ‘Peacemaker’, mas com tantos personagens como as Amazonas da ‘Mulher-Maravilha‘ ou da Caçadora de ‘Aves de Rapina‘ que poderiam sair das telões e irem para TV por que justo o Pacificador? Bom essa série vem da mente de James Gunn que conseguiu convenceu a Warner Bros. a explorar os personagens de ‘O Esquadrão Suicida‘ além do que foram mostrados no filme e o primeiro desses projetos é de um personagem que não seria uma boa idéia já que o Pacificador é apresentado como um desses babacas preconceituosos que vimos no nosso dia a dia nas redes sociais, com o diferencial que ele é um assassino, usa um uniforme chamativo e tem uma águia de estimação chamada Eagly (que é maravilhosa).
Em entrevista recente, Gunn respondeu essa pergunta:
“Eu acho que muitos dos outros personagens que vimos em ‘O Esquadrão Suicida‘, tiveram mudanças significativas. Já o Peacemaker é o único que se mantém como no início do filme. John [Cena] e eu conversamos sobre a origem do personagem, quem ele era, quem era seu pai e todas essas coisas diferentes que não vimos no filme. Então, eu sabia que havia muito mais história para explorar.”
Os três primeiros episódios lançados na HBO Max seguem após os eventos do filme de James Gunn buscam aprofundar no íntimo nessa figura pitoresca e é aí que esse começo se assemelha com a 1ª temporada de ‘Cobra Kai‘, a série do YouTube que foi para Netflix em que conhecemos o Johnny Lawrence um cara que ainda está nos anos 1980, antiquado com falas e atitudes xenofobicas e misóginas e preconceituosas, isso é representado na figur do seu pai Auggie vivido pelo Robert Patrick, o famoso T-1000, inclusive deve-se fazer uma crítica à dublagem da série que suavizaram os xingamentos mais pesados do personagem.
Assim como o Johnny Lawrence, Christopher Smith (John Cena) é um cara que se protege com sua persona de macho-alfa, inclusive portando grandes armas fazendo uma alusão com todos aqueles que sempre querem reafirmar sua masculinidade portando postolas. Mas ao longo da 1ª Temporada, há uma mudança de atitude no Lawrence ao longo que ele convive com seu aprendiz Miguel (Xolo Maridueña) e entende que suas atitudes estavam erradas, e como podemos ver nos trailers, haverá uma mudança de Chris enquanto convive com os membros da equipe mais diversificada em que ele está trabalhando juntos.
Não se preocupem quanto ao humor, continua aquele humor de 5ª série politicamente incorreto de James Gunn como foi mostrado em “O Esquadrão Suicida” como muito palavrão e piadas sexuais, na trilha sonora continua as músicas oitentistas características de seus projetos mas agora indo para o gênero hair metal que está intrínseco na abertura que é ridiculamente MARAVILHOSA e dar um banho naquele teatrinho do Capitão América mostrado em ‘Hawkeye‘ e quem descodar está errado.
“Eu tive a ideia e como implementá-la, escrita no roteiro, e a maravilhosa Charissa Barton coreografou para mim. Os atores trabalharam muito para aprender os passos. Foi uma maneira de mostrar ao público que você não sabe o que esperar dessa série. Este é uma série em que nossos personagens podem fazer a dança mais ridícula do mundo, com o olhar mais sério possível em seus rostos“
Na parte de easter eggs e referências é impressionante como James Gunn conhece muito da DC e da capacidade de pegar uns personagens mais obscuro do que o outro, no terceiro episódio tem uma citação ao Pequeno-Polegar um super herói da era de ouro dos quadrinhos criado por Will Eisner, considerado o primeiro com a habilidade de escolher de tamanho, no segundo episódio tem uma referência ao Bat-Mirim, um duende interdimensional que usa um uniforme do Homem-Morcego e usa uma variedade de poderes mágicos para criar cenários que atraiam seu ídolo, isso sem falar de uma fofoca sobre os interesses peculiar do Aquaman, como sempre o rei de Atlantes mesmo sendo o Jason Momoa como interprete jamais vão parar de ser zoado, além da aparição do Judomaster, um mestre nas artes marciais e especialista em judô e boxe que usa suas habilidades em combate para enfrentar seus inimigos.
Há dois problemas nessa série como na ação as cenas com vários cortes como uma forma de esconder a cara do dublê e assim o telespectador não consegue entender o que tá acontecendo na ação e as “cenas pós-créditos” que são apenas trechos de cenas deletadas do episódio que foi retirada e exibida no final dos créditos o que não tem motivo nem sentido disso ser feito e algumas são piadas boas.
Peacemaker tem um começo promissor, com todo o senso de ridículo mas com os momentos de sensibilidade que James Gunn sabe administrar como poucos, não perco por esperar para chegar na próxima quinta-feira para ver novamente aquela abertura.
Os próximos cinco episódios de ‘Peacemaker’ serão lançados semanalmente todas as quintas-feiras no HBO Max.
The Geek 
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