Análise com Spoilers | ‘The Last of Us’ S01E05: “Endure and Survive”

A sensação de ter assistido ao episódio cinco de “The Last of Us” é de tristeza com vontade de engolir o choro, um episódio de mistura o tom ameno de seu capítulo antecessor com a adrenalina do segundo episódio, tendo um clima da calmaria antes da tempestade, o que culmina num final cruel de cortar o coração, igual a esse mundo que estamos vendo.

O quinto episódio apresenta a tal dupla que conhecemos no final do último capítulo, os irmãos Henry (Lamar Johnson) e Sam (Kivonn Montreal Woodard), começando com uma breve retrospectiva do passado mostrando a facção The People, liderada por Kathleen (Melanie Lynskey), dominando a cidade de Kansas após derrotarem a FEDRA e assumindo o controle da Zona de Quarentena de maneira extremamente violenta. Multidões percorrem as ruas gritando: “Liberdade!” Oficiais da FEDRA são enforcados. “A cidade é do povo. Colaboradores, rendam-se agora”, um homem anuncia por meio de um megafone enquanto um caminhão arrastando um cadáver rola lentamente em meio ao caos. No meio da confusão, Henry e seu irmão surdo Sam se escondem nas sombras, enquanto a dupla tentam sair as ruas devastadas pela guerra, eles estão sendo ajudados pelo médico que apareceu no episódio passado.

Em outra cena, vemos Kathleen interrogando um grupo de informantes, dos quais ela diz ter medo. Ela pergunta ao grupo se foi bom trair seus vizinhos para FEDRA, vê-los sendo mandados para a prisão ou mortos para conseguir recursos como remédios, álcool e alimentos. Mas agora a situação mudou, Kathleen está no comando e para sorte deles, ninguém precisa morrer. Eles podem ir a julgamento e, como são culpados, cumprirão algum tempo, mas primeiro Kathleen quer saber onde Henry está. Melanie Lynskey continua sinistra como Kathleen, o que persiste de mostrar um lado mais suave quando seus motivos são revelados. Mais uma vez, a série não classifica o que é bem do mal.


Dez dias depois, já se passaram 24 horas desde que Edelstein saiu para tentar encontrar comida; Henry sabe que o médico provavelmente foi morto e os dois precisam ir embora, porque estão com muita fome. Nesse começo vemos que Sam se comunica por linguagem de sinais, e Henry tenta a todo tempo da um pouco de segurança para seu irmão, através da sua postura juvenil e lápis de cores. Enquanto se preparam para sair, eles ouvem o acidente que ocorreu com Joel e Ellie no episódio anterior. Depois de ver Joel acabar com o time, Henry decide segui-los e emboscá-los de noite, nos situando para o momento presente.

Mais tarde, Henry e Sam encontram Joel e Ellie, e Henry diz que não querem machucá-los, e sim ajudá-los, e depois de algumas respostas questionáveis de Joel, Henry decide confiar neste par de sobreviventes. Mais tarde, Joel e Ellie compartilham sua comida com Henry e Sam, e Joel sugere que eles sigam caminhos separados. Mas Henry tem uma ideia diferente, dizendo que pela manhã. O primeiro arco mostram a nova dinâmica das duas duplas, Joel mantém seu lado ranzinza e sempre desconfiado com os dois, enquanto Ellie se permite dar mais espaço para seu lado mais infantil com a presença de Sam, enquanto se deslumbra em aprender a se comunicar com o garoto.

De manhã, em uma conversa com Joel, Henry revela que a FEDRA de Kansas City estupraram, torturaram e assassinaram pessoas pelos vinte anos, o que acabou com as pessoas se rebelando. Henry diz a Joel que ele não é da FEDRA, foi pior: um colaborador do grupo de Kathleen, mas que precisou entregar o irmão da líder para a FEDRA para salvar Sam, que precisava de quimioterapia. Embora Joel não queira trabalhar com um rato, Henry conhece a saída e precisa de alguém para abrir o caminho – já que Henry nunca matou ninguém e nunca foi violento – então os dois decidem fazer uma espécie de aliança para sair dali. Esse é um momento de respiro para aprofundar a relação do quarteto, Sam compartilha o gosto em comum pela HQ da heroína Savage Starlight para Ellie e seu lema principal: suportar e sobreviver.


De volta a Kathleen, ela e Perry estão num quarto infantil e descobrimos que foi o quarto onde ela cresceu. Kathleen relembra da época que ela e seu irmão viviam felizes naquele quarto. Ela quando pequena tinha medo do trovão, e seu irmão dizia que o quarto deles era uma grande caixa de madeira que nada podia entrar. Eles estariam seguros se estivessem juntos em sua caixa perfeita. Kathleen diz que sabe que Michael gostaria que ela perdoasse Henry e não o machucasse porque Michael disse a ela que a última vez que ela o viu vivo na prisão. Ele queria perdão, já Kathleen questiona o sentido de perdoar quando isso o levou à sua morte. Perry responde que Michael era um grande homem, mas ele não mudou nada, ela mudou, e eles estão com ela e suas decisões.

A Noite quando o grupo retorna para superfície, eles estão chegando na saída da cidade, quando se deparam com um Sniper escondido numa casa. Joel decide ir lá e tentar impedir o atirador, enquanto os outros se escondem. Joel consegue, mas rapidamente se vê Kathleen e seu grupo chegando, ouvimos Joel gritando “CORRAM!” à distância, enquanto os carros vêm em sua direção vindos da estrada. Enquanto o trio corre, Joel pega o rifle de precisão e tenta atirar nos carros antes que eles atinjam Ellie, Sam e Henry. Antes que um caminhão atinja Ellie, Joel atira no motorista, jogando o caminhão em uma casa próxima, que pega fogo e explode. Ela encurrala o grupo e Henry decide se entregar para poupar os outros. Em um discurso frívolo, a líder afirma que talvez Sam devesse morrer. e diz que crianças morrem o tempo todo. Kathleen finalmente pega sua arma e se prepara para atirar Henry, afirmando que “acaba do jeito que termina”.

Mas o que impede sua morte são uma horda de infectados que surgem do chão depois de ficarem enterrados por anos, e começam a atacar os soldados em uma sequência frenética de correria para sobreviver, dando destaque ao Verme, o estágio final do infectado ou o “boss” do jogo/série. O visual dele é bastante interesante, só queria que tivesse mais iluminação não só nessa sequância como também nas outras cenas noturnas que se passam nesse episódio. Após a tensão, o grupo encontram uma brexa no meio da loucura e tetam sair, mas são impedidos por Kathleen que é surpreendida e atacada (coincidentemente) por uma criança infectada. O grupo aproveita a oportunidade e foge.


Então vem o bendito final do episódio, onde Sam revela para Ellie que ele foi mordido durante o ataque e que não quer virar um monstro. Como última esperança Ellie o consola, diz que é imune ao fungo e que vai ajudá-lo, colocando o sangue dela na ferida dele.

Mas já é tarde demais pois na manhã seguinte, Sam já como um infectado tenta atacar Ellie, acordando a todos. Em desespero, Henry atira no irmão e matando-o, a atuação de Lamar Johnson, em particular, exibindo um notável nível de emoção no rosto, Henry decide tirar sua própria vida na frente de Joel e Ellie. Assim como vimos no terceiro episódio, a série consegue nos conectar profundamens com personagens que acabamos de conhecer e sentimos a dor quando eles se vão. A combinação do roteiro e as atuações contribuem para osmomento cruél do final deste episódio.

O desfecho mostra Joel e Ellie enterrando os corpos dos irmãos. Na cova, Ellie deixa a plaquinha que Sam carregava com um recado pedindo desculpas, sendo a vez de Ellie carregar a dor e perder parte da alegria e inocência que Ellie sentiu ao tentar salvar alguém que se importava. Com mais vidas sendo perdidas no a sua decorrer da jornada dos dois, Joel e Ellie vão adiante até chegar a Wyoming em busca de Tommy (Gabriel Luna).

Com um fim trágico que mostra que mesmo as pessoas de bom coração não são capazes de combater a própria natureza, o quinto episódio de “The Last of Us” encerra um arco cheio de adrenalina, e momentos memoráveis, – alguns emocionantes e assombrosos, mas que ajudaram a fortalecer o vínculo da dupla principal.

The Last of Us é exibida aos domingos na HBO e na HBO Max às 23h.

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